sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

(10) VIAÇÃO COMETA S.A. (RODOVIARIO) (10)

ONIBUS CHEVROLET GIGANTE 3500 4X2 COM CARROSERIA GRASSI MODELO AUTOBUS RODOVIARIO (AUTO VIAÇÃO SÃO PAULO SANTOS FUTURA VIAÇÃO COMETA S;A;) (RODOVIARIO) (10) (SÃO PAULO-SP)

(5) VIAÇÃO COMETA S.A.(KING KONG) (5)

ONIBUS THORNYCROFT FJ4883 4X2 COM CARROSERIA GRASSI MODELO KING KONG (VIAÇÃO SAOPAULO SANTOS FUTURA VIAÇÃO COMETA S.A.) (KING KONG) (5) (SÃO PAULO-SP)






(2) VIAÇÃO COMETA S.A. (JARDINEIRA) (2)

ONIBUS GMC D752 ADCR 4X2 COM CARROSERIA GRASSI MODELO AUTOBUS URBANO (AUTO VIAÇÃO JABAQUARA S.A. FUTURA VIAÇÃO COMETA S.A.) (JARDINEIRA) (2) (SÃO PAULO-SP)

(1) VIAÇÃO COMETA S.A. (JARDINEIRA) (1)


ONIBUS ACLO MO93 REGAL III 4X2 COM CARROSERIA GRASSI MODELO URBANO AUTO (AUTO VIAÇÃO JABAQUARA S.A. FUTURA VIAÇÃO COMETA S.A.) (JARDINEIRA) (1) (SÃO PAULO-SP)




VIAÇÃO COMETA S.A. FUNDADA NO DIA 7 DE MAIO DE 1937

HISTORIA DA EMPRESA PARTE (II)




LOGOS VIAÇÃO COMETA S.A.

VIAÇÃO COMETA S.A. FUNDADA NO DIA 7 DE MAIO DE 1937

HISTORIA DA EMPRESA PARTE (I)


  LOGO VIAÇÃO COMETA S.A.
A história da Viação Cometa começa no dia 7 de maio de 1937. O aviador italiano Comendador Tito Mascioli decidiu morar no Brasil, em São Paulo, no bairro Jardim América, definitivamente após chegar ao país pela primeira vez tripulando uma esquadrilha composta por 14 aviões Savoia-Marchetti S.55 da Aeronáutica Italiana. Ele se tornou cunhado do agrimensor Arthur Brandi que, em 1937, fez um loteamento na região do bairro do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo. A distância da região central de São Paulo impediu um sucesso maior das vendas. Então, Mascioli decidiu, através de concessão pública, criar uma linha de ônibus urbanos entre o Jabaquara e a Praça da Sé, no centro da cidade de São Paulo. A empresa inicialmente se chamava Auto Viação Jabaquara S.A. O empreendimento do ramo de transporte foi até melhor sucedido que o do ramo imobiliário. A Auto Viação Jabaquara chegou a ser responsável por quase a metade de todo o transporte coletivo da cidade de São Paulo. Em 9 de março de 1947 foi criada a CMTC - Companhia Municipal de Transportes Coletivos, que encampou as linhas da Auto Viação Jabaquara. Mesmo Mascioli trabalhando como Tesoureiro na CMTC, ele não recebeu indenizações pelas linhas de ônibus apropriadas pela empresa pública. No mesmo ano, ele comprou uma empresa de ônibus existente desde 1943, a Empresa Auto Viação São Paulo-Santos Ltda, e em 7 de maiode 1948, o nome da companhia foi mudado para VIAÇÃO COMETA S.A., inspirados no logotipo da Auto Viação São Paulo - Santos Ltda, um Cometa em forma de estrela cadente (SINONIMO DE RAPIDES). Em 1950, iniciava atuação no transporte coletivo da cidade de Campinas, interior de São Paulo, operando sob seu próprio nome - Viação Cometa S.A., e a partir de1956, com a aquisição das linhas da Viação Lira, através da subsidiária C.C.T.C. (Companhia Campineira de Transporte Coletivo). A empresa teve atuação nas principais linhas da cidade, sendo inclusive a encerrante da operação dos bondes na metrópole do interior paulista. Deixou as operações em Campinas em 1988, com média de 1200 funcionários, e suas linhas foram divididas, após concorrência pública, entre VCG - Viação Campos Gerais, TUCA - Transportes Urbanos Campinas, e VBTU - Viação Bonavita de Transporte Urbano. Devido ao desenho de um cometa que já fazia parte da pintura da Viação São Paulo-Santos, sugerindo rapidez no transporte, e também pelo fato de a empresa já não mais fazer apenas a linha entre a Capital Paulista e o litoral do Estado, Mascioli decidiu mudar o nome da empresa para Viação Cometa. O curioso é que a cor padrão da empresa, azul e bege, foram inspiradas por Mascioli num jogo de porcelana no qual ele e a esposa tomavam os chás da tarde na Europa. Desde a Viação Jabaquara, o italiano dizia que os ônibus dele teriam a mesma cor do jogo de chá. O crescimento da Viação Cometa se deu através da compra de empresas de ônibus e linhas já existentes.
  • Em 8 de junho de 1949 incorpora a Expresso Bandeirantes Viação S.A, extinguindo este nome.
  • Em 2 de outubro de 1950 compra a Rápido Serrano Viação S.A. e mantém o nome para algumas linhas
  • A partir de 1950 cria linhas novas com os itinerários "São Paulo - Campinas", "São Paulo - Jundiaí" e "São Paulo - Sorocaba". No mesmo ano assume operações urbanas em Campinas, sucedendo a Empresa Sorocabana de Transportes Coletivos. Operava sob sua própria bandeira.
  • Em 8 de dezembro de 1951 cria a primeira linha interestadual, São Paulo - Rio de Janeiro, pela recém construída Rodovia Presidente Dutra.
  • Em 1953 devido à concorrência, é obrigada a aumentar a frota da linha "São Paulo - Rio de Janeiro" e compra 30 ônibus norte-americanos GM Coach modelo PD-4104, considerados os mais modernos para a época, por incorporarem soluções que eram inovações para época, no Brasil, como o motor de 211 cavalos de dois tempos, Detroit Diesel 6-71, carroceria de alumíniosuspensão a ar e ar condicionado.
  • Em 1956 adquire as operações urbanas da Viação Lira, empresa do grupo Caprioli, em Campinas. Da fusão das linhas já existentes com as novas linhas, surge a CCTC - Companhia Campineira de Transporte Coletivo.
  • Em 1961 inicia a operação de São Paulo para Curitiba, capital do Paraná, utilizando na frota ônibus GM PD-4101 e PD-4103, vulgos Lagartão e Imperial, remanescentes de uma aquisição de linhas do interior de São Paulo, feita junto à Expresso Brasileiro de Viação Limitada (EBVL). Na negociação, foram incluídos os ônibus na transação.
  • No mesmo ano, 1961 surgem os Papo Amarelos, encarroçados pela Ciferal, com chassi Scania B-75, surgindo assim a parceria COMETA-SCANIA, que durou por quase meio século. Dois anos mais tarde, figuram como carros novos na frota da empresa os Flecha de Prata, com chassi Scania B-76, e os Monoblocos O-326 HL, oriundos de uma compra de cessão feita junto ao controlador da antiga Rápido Serrano. Os monoblocos receberam o nome Flecha Azul.
  • Em 1968, desembarcam no Brasil três chassis Scania com motor traseiro, modelo BR-110, vindos da Suécia, para testes em companhias no Brasil. As empresas que testaram o ônibus foram a Cometa, a Penha, de Curitiba, na época pertencente à família Piccoli, e a Unida Mansur e Filhos, de Minas Gerais. A carroceria era Ciferal Líder.
  • A partir dos anos 70, a maior parte da frota era de ônibus com carroceria de alumínio.
  • Nos anos 80, a frota total da companhia era composta de ônibus com carroceria em alumínio. A empresa decide operar apenas em distâncias dentro de um raio de 600 quilômetros a partir da cidade de São Paulo para melhorar a relação custo/benefício das viagens para a empresa. A única exceção fica para a rota CURITIBA - BELO HORIZONTE, operada em cooperação com a coligada IMPALA AUTO-ÔNIBUS S.A., sendo que a passagem por SP era composta de uma parada na garagem central para abastecimento e limpeza do ônibus, ou eventual troca do veículo, caso fosse necessário.
  • Em 1988 após quase 40 anos operando no transporte urbano de Campinas, encerra as operações da CCTC.Apesar de serem veículos mais caros, a Viação Cometa via vantagens na frota de veículos de alumínio. Além de a manutenção ser mais fácil, o veículo era mais leve e acabava gerando uma economia no consumo de combustível e no trem de força, já que o menor peso provocava menos desgaste dos componentes. Inicialmente os veiculos eram em sua maioria comprados da General Motors norte-americana, mas na década de 1960, com o fim dasimportações, imposto pelo governo federal na intenção de incentivar a expansão da indústria nacional, acabou-se buscando novas soluções para a renovação da frota. Em 1959 foram adquiridos monoblocos O-321 H e HL, com carrocerias em aço, pesadas e inviáveis para a operação da empresa. Estes acabaram tendo vida curta na companhia, sendo que no final da década de 1960, não havia praticamente mais desses veículos operando pela Cometa.
    Na metade da década de 1960, uma encarroçadora de São Paulo, a Striulli, produzia carrocerias em alumínio que tinham design inspirados nos modelos norte-americanos da General Motors (GM) e aqui eram fabricados por sob licença da montadora americana, e acabou sendo eleita pela Cometa como sua nova fornecedora de carrocerias, à época. A Cometa teve em sua frota muitos ônibus desta encarroçadora, montados sob chassis Mercedes-Benz O-326, e também houve uma exceção de um chassi de monobloco O-321 que necessitou de encarroçamento e foi construído por esta encarroçadora, recebendo o prefixo 483. Porém os chassis da Mercedes-Benz não ofereciam para a companhia o mesmo desempenho e relação custo‐benefício dos ônibus da GM, e acabaram sendo descartados no começo da década de 1970.
    Em 1961, a companhia adquiriu o primeiro chassi Scania vendido naquele ano. Começava a parceria COMETA x SCANIA, com a aquisição dos ônibus Papo Amarelo, de numeração série 800. Eram veículos equipados com o chassi B-75, nacionalizado, com carroceria da Ciferal, outra nova parceira da Cometa, na época, e era toda construída em duralumínio. O veículo era impulsionado pelo motor Scania D-10, de aspiração natural, não turbinado, com potência de 175 cv e tinha suspensão de feixes de molas. Na subida da Serra do Mar, de tão forte que o motor Scania era, soltava labaredas gigantes na estrada. Esse é o motivo do nome dela: Cometa. A mecânica dos ônibus Scania era tão satisfatória para a Cometa que no final da década de 1960 muitos dos ônibus GM ODC, com motorização original Detroit Diesel 4-71 receberam motores e câmbios Scania adaptados.
    A parceria da Cometa com a Ciferal perdurou ao longo de décadas, até que em 1982, a Ciferal sofreu uma dura quebra, entrando em concordata e interrompendo bruscamente suas atividades.
    Desta parceria surgiram vários ônibus de sucesso, entre eles os CIFERAL Papo AmareloFlecha de PrataJumbo BJumbo C (Scania BR-110 Importado da Suécia, carro 2014), Jumbo G (GM ODC Reencarroçado) Turbo Jumbo (Motor turboalimentado - Todos estes Jumbos no modelo Ciferal Líder) e finalmente o Dinossauro, que foi apresentado no Salão do Automóvel de 1972, encarroçado sob o chassi BR-115 da Scania, totalmente nacionalizado. Em1976 a Scania lançou o chassi BR-116, e a Ciferal também lançou modificações na frente e traseira do Dinossauro, abandonando elementos como parachoques de alumínio e vidros traseiros e incorporando traseira e parachoques em fibra de vidro. Embasado numa legislação de 1979, que permita veículos rodoviários num novo tamanho de até 13,20 de comprimento, surgiu o Dinossauro II, com seis janelas laterais, e mais poltronas, ao contrário das versões anteriores.
    Em 16 de março de 1983, a Cometa começa a operar a C.M.A. - Companhia Manufatureira Auxiliar - e a produzir seus ônibus. Começou a série de veículos "Flecha Azul", que foi até o Flecha Azul VIII. A linha tinha os mesmos traços do Dinossauro, porém com pequenas alterações estéticas interna/externamente, bem como redesenhadas as estruturas da carroceria.
    Em 1984, surge o primeiro Flecha Azul Automático, prefixo 5223, com chassi BR-116 e caixa Scania eletro-automática, importada da suécia. O sucesso na operação deste veículo resultou no surgimento, ainda no final de 1984, da série 53, denominada Flecha Azul Automático.
    Em 1985, surge o Flecha Azul II, com a pintura original que foi mantida inalterada pela empresa até 2003. Recebeu acréscimo de 20 cm em sua altura total e na altura do para-brisa, e incorporou nova disposição das poltronas, de modo que nenhuma destas ficasse alojada frente às colunas das janelas, para que os passageiros em sua totalidade pudessem desfrutar de boa visão para fora do veículo.
    No ano de 1987, o Flecha Azul recebe nova traseira, com aumento de 3 para 4 lanternas em cada lado, luzes de ré, novas lanternas sinalizadoras de direção na parte frontal e nas laterais, e novas lanternas "sinaleiras" superiores, na parte frontal e traseira do veículo.
    Em 1991, o Flecha Azul incorpora o novo chassi K-113 da Scania. A posição da alavanca de câmbio passa a ser mais afastada do painel, sendo que a alavanca pode ser mantida em posição reta, ao contrário da alavanca do chassi K-112, que era curvada. Os bancos passam a ser de couro no encosto e courvin preto nas laterais e traseiras, e o ônibus recebe novos acabamentos internos, adotando o carpete cinza escuro como revestimento interno. Dois carros, 6311 e 6313, foram equipados diferenciadamente com itens até então inéditos para a companhia. O carro 6311 era o primeiro Flecha Azul a testar as rodas de alumínio para pneus com câmara, da Alcoa, e o carro 6313, além deste opcional, também era equipado com câmbio de 10 marchas similar ao do caminhão Scania, e por isso foi apelidado de 'CARRETA', pelos motoristas da companhia.
    Em 1993, um outro Flecha Azul II saiu da manufatureira com um mais uma particularidade inédita à Cometa, e desta vez, ao Brasil. O carro 6613, que fazia as linhas de FRANCA e CAMPINAS, era equipado com a caixa de câmbio eletropneumática Scania GR801CS, equipamento de série na Suécia, mais conhecido como Confort Shift. A intenção era testar o equipamento em terras brasileiras, e nada melhor do que o maior parceiro da Scania, para executar este procedimento. O equipamento veio a ser disponibilizado oficialmente pela Scania na linha 1996.
    No mesmo ano de 1993, surge o Flecha Azul III. O veículo passa a ter seis janelas em sua extensão total, sendo que são retiradas as pequenas janelas seguintes à do motorista e da porta. O veículo passa a ter plenamente 46 lugares, todos com área envidraçada móvel privilegiada, sendo que nenhuma poltrona fica sem ter uma janela que possa ser aberta.
    Em 1995 é apresentado o Flecha Azul IV, que mantém os itens do Flecha Azul III, e incorpora as rodas de alumínio para pneus com câmara, da Alcoa, na época um dos modelos mais caros de rodas em alumínio comercializados no Brasil. Em dezembro de 1995, o Flecha Azul passa a contar com um vidro inferior na porta, para auxiliar o motorista nas operações de estacionamento, com melhor visibilidade da calçada ou da plataforma.
    Em 1996, surgem o Flecha Azul V, incorporando as inovações do Flecha Azul IV em sua última série. De carona, vem a série Flecha Azul VI Leito, com ar condicionado ecológico da Thermo King, o Thermo King Super D-3, de 110.000 btus, com controle eletrônico de temperatura. Foram 10 carros equipados com este ar, do carro 9000 ao 9009. A segunda versão, denominada Flecha Azul VI B leito, teve 15 carros, sendo numerados de 9010 a 9025, sendo que o último carro fabricado em 1996 foi o 9016. Em 1997 foram produzidos os carros 9017 a 9025. O ar condicionado do modelo VI B era o Thermo King LRT, com controle digital, de 110.000 btus.
    Ainda em 1996, surge a série Flecha Azul VII, a partir do carro 7119, com uma inovação: as novas poltronas de pistão à gás, com braços móveis, que eram fornecidas por outro antigo parceiro, a companhia Teperman de Estofamentos, esta por sua vez adquirida pela multinacional Grammer.
    Em 1998, aproximava-se o lançamento dos chassis de ônibus série 4 da Scania. Paralelamente à produção dos Flecha Azul com o estoque de chassis K-113 CLB existentes, na época numerados com série 73xx, a Cometa produziu um modelo Flecha Azul VIII, que ganhou o prefixo 7500. O chassi deste ônibus era um K-124 IB 4x2, com motor de 360 cv, e seria utilizado para testes do novo produto que a Scania estaria em breve lançando, bem como a CMA adequar o Flecha Azul ao novo modelo de chassis. Neste novo modelo foram incorporadas mudanças como novo painel, seguindo os padrões da Scania, nova disposição das grades de ventilação na lateral esquerda, em função do radiador deslocado da traseira para a lateral, e a tampa traseira fechada, sem grades ou entradas de ar.
    Em 1999, a CMA produz seu dois últimos Flecha Azul, sob os prefixos 7455 e 7501, respectivamente um K-113 CLB 360, o último chassi com motor equipamento com injeção mecânica diesel, e um K-124 IB 420, com câmbio automático Scania Opticruise. Por muitos anos, o 7501 foi o único ônibus no Brasil a ter este câmbio, e até hoje é o ônibus brasileiro com melhor relação peso‐potência e rendimento em cruzeiro e serras, por ter a carroceria extremamente leve e potência adicional.
    Em 2000, a CMA lançou outro modelo diferente da família Flecha Azul, sem o camelo dianteiro (a "caída" do teto na frente) e equipado com 3 eixos. O desenho do veículo rompia totalmente com o padrão americano herdado dos GM PD-4104 que os Dinossauro e Flecha Azul tinham, porém não abandonava o padrão de chapas rebitadas lateralmente. Embora não usasse mais chapas frisadas, o veículo tinha outras características da CMA e da Cometa, e era pintado nas cores azul metálico e dourado, ostentando um desenho de um Cometa estilizado na lateral. O modelo era o CMA-Cometa, posteriormente apelidado dentro da empresa de "Estrelão". O veículo fez sua viagem inagural em 29 de abril de 2000, no horário das 6h, com destino a Franca, interior de SP.

08/11/2014

Disposta à enfrentar a concorrencia (São Raphael e Levare) na rota São Paulo - São José do Rio Preto, a empresa apresentou novos ônibus dois-andares (double decker) com a pintura igual a usada no padrão GTV, porém com a inscriçao "DD". Com 44 lugares no andar de cima (no padrão executivo) e 6 lugares leito cama no andar inferior. O evento contou com uma carreata pela cidade para apresentação dos veículos a população.

MORUBIXABA RE-ENCARROÇADO

Nenhum GM PD-4104 ("Morubixaba") jamais foi re-encarroçado, mesmo o carro prefixo 529, acidentado na Serra das Araras em 1967 que foi reformado e colocado em operação posteriormente. Dos carros re-encarroçados pela Cometa, podemos citar o prefixo 550 que era originalmente um Imperial (GM PD-4102) da Expresso Brasileiro, foi reformado e ganhou frente de Striulli (igual às usadas pelos GM PD-4104). Tempos depois foi re-encarroçado com uma carroceria similar à dos GM PD-4106 (a mesma dos Striulli Silverjet).
(fonte: Wilson R. Miccoli)

ACERVO DO DR. ARTHUR MASCIOLI

Ao longo dos anos, o Dr. Arthur Mascioli, herdeiro do fundador da Viação Cometa, adquiriu veículos para uma coleção particular de ícones do transporte rodoviário brasileiro. Guardados dentro de um galpão particular, a coleção dispõe de:
- 2 (dois) GM PD-4104 1953 ("Morubixaba") com motorização GM/Detroit Diesel 6V-71 com ar condicionado (prefixos 502 e 522);
- 1 (um) Flxible Vista Liner 100 ("VL-100") com a pintura da Expresso Brasileiro (prefixo 601);
- 1 (um) CIFERAL Papo Amarelo sobre chassis SCANIA B-75 1961 (prefixo 801, primeiro chassis SCANIA da Cometa);
- 1 (um) CIFERAL Líder ("Turbo Jumbo") sobre chassis SCANIA B-76 1968 (prefixo 2301);
- 1 (um) CAIO Gaivota sobre chassis Mercedes-Benz O-355/6 (provavelmente 1973/1974, ex-Única posteriormente repassado para Águia Tour do grupo TUCA de Campinas) pintado com o esquema da Única (prefixo 600). Comenta-se que este carro na realidade pertenceria ao sócio da editora OTM (editora responsável pelas revistas Transporte Moderno e Technibus), e que teria sido comprado todo original da Itapemirim quando esta adquiriu a Única do grupo CAIO - a estadia do carro no galpão seria apenas um favor;
- 1 (um) CIFERAL Dinossauro sobre chassis SCANIA BR-115 Super 1972/1973 (prefixo 3101, primeiro CIFERAL Dinossauro não-protótipo da empresa);
- 1 (um) CIFERAL Dinossauro executivo sobre chassis SCANIA BR-115 Super 1975 (prefixo 3451);
- 1 (um) CMA Flecha Azul sobre chassis SCANIA K-112 1983 (prefixo 5100);
- 1 (um) CMA Flecha Azul II sobre chassis SCANIA K-112 1984/1985 (prefixo 5500);
- 1 (um) guincho Diamond-T na pintura da Cometa;
- 1 (um) caminhão Ford Hércules 1940 na pintura da Cometa (comprado 0 km pela Viação Jabaquara, embrião da Cometa);
- 3 (três) guinchos SCANIA "Jacaré" L-75/L-76;
(fonte: Wilson R. Miccoli)


BOCAIS DE ARREFECIMENTO

Após a compra da Viação Cometa pelo grupo JCA, a empresa reformou alguns Flechas e nessa reforma, removeu a tampa de abastecimento do sistema de arrefecimento do lado externo do veículo. O engenheiro de manutenção da empresa não gostava dos bocais pois ele queria que o líquido de arrefecimento fosse colocado exclusivamente nas garagens, a fim de que não fosse colocado apenas água. No entanto, a mistura do líquido de arrefecimento com água (sendo que o correto seria a utilização de água destilada ou deionizada) tem uma vida útil de aproximadamente 12 meses e não da maneira como o procedimento passou à ser adotado pois a manutenção apenas completa o nível sem realizar a troca periódica. O resultado desta alteração resultou em muitos veículos "ferverem" por falta d'água, além de dificultar a colocação da água, ocasionando a necessidade da criação de um dispositivo especial para tal.
(fonte: Dr. Lambros Katsonis)

GM PD-4103 COM AR CONDICIONADO

O GM PD-4103 prefixo 550 era o único veículo GM com motorização Detroit 6V-71 que possuía ar-condicionado além dos GM PD-4104 ("Morubixaba"). Tratava-se de um ex-Imperial da Expresso Brasileiro.
(fonte: Wilson R. Miccoli)


GMC ODC-210 NA COMETA

A Cometa adaptou alguns GMC ODC-210 urbanos para o uso rodoviário. Alguns carros receberam "silversides" (laterais em chapas estriadas prateadas) bem como janelas de monobloco Mercedes-Benz O-321H.

O uso de veículos fabricados pela General Motors (GM) na Cometa encerrou em 1973, quando a empresa aposentou os GM PD-4104 ("Morubixaba"). Os GMC ODC-210, encarroçados com carroceria CIFERAL Lider ("Jumbo G") foram aposentados um ano antes, em 1972, quando faziam as linhas para Jundiaí e Campinas, vendidos para a Líricos e Domínio (empresas de fretamento).

A C.A.T.C (Companhia Auxiliar de Transportes Coletivos), braço urbano da Cometa em São Paulo, teve inúmeros GMC ODC-210 originais, encarroçados com carrocerias Grassi e Striulli (frente de vidro, Cityrama), todos aposentados em 1969. Em determinado dia daquele ano, com a chegada de novos monoblocos Mercedes-Benz e Massaris encarroçados sobre chassis FNM, os GMC ODC-210 foram estacionados do lado de fora da garagem. Impossibilitados de ficarem por ali por muito tempo, foram transferidos para um terreno em Sapopemba aonde permaneceram por 3 meses até que misteriosamente sumiram. Especula-se que tenham sido vendidos para a Citral (do sul do país).
(fonte: Wilson R. Miccoli e Roberto Zulkiewicz)

VEÍCULOS FILHOS ÚNICOS

A Cometa teve ao longo da sua história alguns veículos filhos únicos, todos utilizando a série 20XX:
2002: CIFERAL Dinossauro sobre chassis SCANIA BR-115 Super, tratava-se de um ônibus executivo com ar condicionado e 4 lanternas de cada lado atrás;
2003 à 2006: não conhecido;
2007: Marcopolo II sobre chassis SCANIA BR-115 Super, ano 1972/1973, provável carro de testes da SCANIA. Esse veículo se envolveu em um engavetamento com vários veículos, ficando com a frente totalmente destruída e caído em um barranco. Anos mais tarde, em 1978, o mesmo veículo foi repassado pela SCANIA para a Única Petrópolis. A pintura lateral dele era idêntica à pintura usada pelo CIFERAL Dinossauro 3101;
2008: tratava-se de um pré-CIFERAL Dinossauro, sobre chassis SCANIA BR-115 Super, também ano 1972/1973, era um CIFERAL Líder com frente de CIFERAL Dinossauro e traseira mais alta, similar à utilizada pelo Turbo Jumbo C. Esse veículo foi exposto no Salão do Automóvel de 1972, no stand da CIFERAL. Poucos meses depois, em janeiro de 1973, esse veículo trafegava pela Dutra quando bateu na traseira de um caminhão (nas proximidades da garagem da Viação Itapemirim em Guarulhos) e tombou em um barranco na lateral da rodovia;
2009 à 2013: não conhecido;
2014: CIFERAL Líder sobre chassis SCANIA BR-110 importado da Suécia, ano 1968/1969, tratava-se do Jumbo C, primeiro chassis SCANIA com motor traseiro encarroçado no Brasil, porém com chassis importado;
2015: Nielson Diplomata "Clipper" (ou "Grade de Prata"), ano 1966, sobre chassis SCANIA B-75 (posteriormente repassado à Impala com prefixo 220);
2016 à 2021: não conhecido;
2022: Nielson Diplomata 1970 sobre chassis SCANIA B-76;
(fonte: Wilson R. Miccoli, Dr. Lambros Katsonis, Lineu Carneiro Saraiva)

COMETA EM AMPARO E ÁGUAS DE LINDÓIA

Desde quase seu início a Cometa operava a linha entre São Paulo e Águas de Lindóia, que passa em Amparo. Em 1966, a Cometa assumiu as linhas da Rápido Serrano, dominando o transporte na região. Nos anos 70, foi criada uma nova Rápido Serrano, operada por Nabi Abi Chedid, que ficou com todas as linhas da Cometa na área. Houve então um acordo de cavalheiros (João Havelange era muito amigo de Nabi, inclusive com relacionamento no futebol), trocando algumas linhas à fim de concentrar a operação de cada uma em determinada região. Na mesma época da cisão da Rápido Serrano (anos 60), houve uma cisão do setor da Baixada Santista que daria origem à [[Ultra S/A]] e a perda da linha São Paulo x Itapira para o Expresso Cristália.
(fonte: Hélio Freitas e Dr. Lambros Katsonis)

ACIDENTE NA SERRA DAS ARARAS

No início de 1967, uma inédita tromba d'água atingiu a Serra das Araras, no caminho para o Rio de Janeiro, causando a maior tragédia rodoviária do Brasil, vitimando fatalmente mais de 300 pessoas. A enxurrada desceu a Serra levando tudo que encontrava pela frente, ônibus, caminhões, carros, lama, até o final da descida. Devido à gravidade da catástrofe, as 2 pistas da Rodovia Dutra demoraram 3 meses para serem re-construídas. Hoje, em Ponte Coberta, no início da subida da serra, existe uma cruz de 10 metros de altura que marca aonde foram encontrados a maior parte dos corpos e veículos empurrados pelas águas. Na subida da Serra, como no km 223, a ponte que foi levada inteira ainda pode ser vista por quem passa no local. O número oficial de vítimas é incerto pois muitos corpos jamais foram encontrados (devido ao soterramento), porém estima-se em 1.700 mortes. Entre as empresas de ônibus envolvidas, estava um Morubixaba (GM PD-4104) da Viação Cometa prefixo 529. O motorista pediu que todos os passageiros deixassem o ônibus porém um estrangeiro recuou-se à deixar o veículo - poucos minutos depois, uma enorme pedra rolou, caíndo sobre o ônibus. O carro foi resgatado e totalmente reformado, retomando suas atividades algum tempo depois.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)

NIELSON DIPLOMATA NA COMETA

Diferente do que muitos pensam, a empresa já possuiu um modelo Nielson Diplomata em sua frota. Prefixo 2022, o veículo tinha carroceria Nielson Diplomata sobre chassis SCANIA B-110, ano 1970, e era o carro reserva (da linha para Curitiba) que ficava estacionado no Posto Buenos Aires (atual Graal), na cidade de Registro. Era comum entre os motoristas críticas ao modelo pois diferente dos outros carros da Cometa (CIFERAL com carroceria em duraluminio), o modelo tinha carroceria de aço, o que tornava o carro mais pesado e com péssimo desempenho em subidas. Entre 1970 e 1971, o carro foi deslocado para operação regular na linha Sâo Paulo - São Carlos - Araraquara.

Antes desse modelo, a Cometa também possuiu um Nielson Diplomata ano 1966, prefixo 2015, que foi repassado para a Impala (prefixo 220).
(fonte: Wilson R. Miccoli e Lineu Carneiro Saraiva)


CMAs "0 km" NA IMPALA

Os leitos CMA Flecha Azul II da série 80 foram encarroçados e colocados em operação diretamente na Impala, caso do carro 8028 (placa YA-8028). Como a Impala não possuía muitos horários leito, os carros foram prefixados seguindo a sequência dos carros leito da Cometa.
(fonte: Wilson R. Miccoli)

OS "BATEAU MOUCHES"

"Bateau Mouches" era um apelido informal dos CIFERAL Dinossauro sobre chassis SCANIA BR-116 dado pelos funcionários da empresa, provavelmente em referência ao tamanho do veículo. "Bateau-Mouche" vem do francês (barco-mosca), e denota um tipo de embarcação desenhada para servir como plataforma de visita turística, navegando em águas abrigadas (habitualmente rios), em que o convés superior é aberto ou tem uma cobertura transparente, para os passageiros poderem apreciar a paisagem. Os mais conhecidos são os que circulam no rio Sena em Paris, e de onde a designação originalmente apareceu. Na verdade, o termo é uma marca registrada da Compagnie des Bateaux Mouches, a principal operadora deste tipo de embarcações no Sena. No Brasil, no ano novo de 1989 houve um acidente com um Bateau Mouche turístico que naufragou nas águas da baía de Guanabara. Tratava-se de um antigo gaiola à motor utilizado no rio Amazonas que fora modificada com o acréscimo de dois andares e de um terraço suplementar. Embora estivesse regularizada pelas autoridades competentes, ao se deslocar para fora da barra da baía de Guanabara para assistir à queima dos fogos na praia de Copacabana, a embarcação deparou-se com ondas pesadas, vindo a adornar. A rápida e acentuada movimentação de carga nos andares superiores acabou causando o naufrágio, vitimando fatalmente 55 pessoas (das 142 à bordo), entre elas a atriz Yara Amaral.
(fonte: Wilson R. Miccoli e Veja São Paulo)

MAJOR TITO, A DISTÂNCIA E A MAIOR LINHA DA EMPRESA

Logo que abriu a empresa, Major Tito Mascioli havia definido que só iria atuar em um raio de 600 km da matriz (ou seja, até 1200 km de extensão tendo a matriz como epicentro), pois acima dessa distância, o passageiro seria do avião devido à impossibilidade de manter uma estrutura de atendimento tão grande.

A maior linha da empresa é a linha Belo Horizonte x Curitiba, com 993,6 km de distância e viagem com duração de 14 horas e 31 minutos. Após a compra da empresa pelo grupo JCA, a troca do motorista passou à ser realizada na cidade de Camanducaia (MG). Algum tempo depois passou à ser em Itapeva (SP) e atualmente é feita em São Paulo (SP), na garagem Vila Maria. Antes da compra da empresa, o carro parava na garagem da Vila Maria (em São Paulo) para abastecimento e limpeza.
(fonte: Wilson R. Miccoli)


CÓDIGOS DE CIDADES

Algumas empresas rodoviárias seguem as siglas da IATA para as cidades mas não é o caso da Cometa, mesmo tendo sido fundada por um aviador.

A Cometa usa CPN, SJR, CTB e ITP, por exemplo, para indicar Campinas, Rio Preto, Curitiba e Itapetininga. Na IATA, tais siglas representam Cape Rodney (Papua-Nova Guiné), San Juan de Uraba (Colômbia), Cut Bank (Montana, EUA) e Itaperuna (Rio de Janeiro), respectivamente. Os códigos IATA seriam CPQ, SJP e CWB para as três primeiras cidades. Itapetininga não tem código IATA. Abaixo, relação de siglas usadas pela empresa:

SAO - São PauloRIO - Rio de JaneiroBHZ - Belo HorizonteCTB - CuritibaCPN - CampinasJDI - JundiaíSTS - SantosSVC - São VicentePGD - Praia GrandeRAO - Ribeirão PretoAQA - AraraquaraCTV - CatanduvaSJR - São José do Rio PretoFRC - FrancaLRN - LorenaMGC - Mogi GuaçúMGM - Mogi MirimPIR - PirassunungaSJB - São João da Boa VistaSRP - Santa Rita do Passa QuatroLIM - LimeiraAPR - Águas da PrataITP - ItapetiningaSRQ - São RoqueTAT - TatuíSCB - SorocabaSJC - São José dos CamposRES - ResendeJDF - Juiz de ForaPCS - Poços de CaldasCXB - Caxambú



LINHAS - JUIZ DE FORA

As linhas para Juiz de Fora com origem em Santos e São Paulo sempre pertenceram à Cometa, porém as linhas com origem em Piracicaba, Ribeirão Preto e Rio Preto vieram com a 1001 após a aquisição do grupo JCA. A linha São José do Rio Preto x Juiz de Fora também veio da 1001, que por sua vez adquiriu-a da Expresso Itamarati.


VIAÇÃO COMETA, MAIOR FROTA MBB DO MUNDO E OS GMS
No começo dos anos 2000, foi encontrado em Gravataí (RS), em um ferro velho, um legítimo GM PD-2903 estava disponível à venda. Tratava-se do antigo prefixo 12 da Expresso Brasileiro, que foi vendido junto com outros 3 carros para a Princesa dos Campos, no início dos anos 50. Existem dúvidas se a Caxiense também não recebeu esses carros - o detalhe interessante é que a pintura da Princesa dos Campos e da Caxiense eram iguais à pintura da Expresso Brasileiro). Segundo informações apuradas, o carro rodou até aproximadamente 1990, porém o câmbio e o motor já não eram mais originais, sendo substituídos por peças da Mercedes-Benz. Apesar de colecionador de raridades, devido ao estado do carro (além de ter se incendiado e bem enferrujado na traseira), não havia condições de restaur. Os demais GM PD-2903 continuaram operando na Expresso Brasileiro até os anos 60, quando ela perdeu quase todas as suas linhas para a Viação Cometa, ficando apenas com a linha Rio x São Paulo. Por volta de 1965, esses carros foram vendidos para fretamento e já não existia mais nenhum GM na Expresso Brasileiro pois os GM PD-4101 (Lagartão), PD-4102 e GM PD-4103 (Imperial) foram comprados pela Cometa (na verdade, alguns foram vendidos e outros trocados pelos MBB O-321 Super B).


MARCOPOLO NA COMETA
Assim que o grupo JCA comprou a Viação Cometa, a Marcopolo viu uma grande oportunidade de ganhar um bom cliente afinal era a própria Cometa que fazia suas carrocerias, através da CMA. Determinados à não perder o cliente, em 2002, a Marcopolo vendeu seus primeiros Marcopolo Paradiso G61200 pela quantia de R$ 90.000,00, valor 25% abaixo do normalmente praticado.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)


MERCEDES-BENZ DE VOLTA À FROTA
No dia 13 de dezembro de 2002, uma sexta-feira, começaram a operar os primeiros carros novos da Cometa pós-venda para o grupo JCA: Marcopolo Paradiso G61200 sobre chassis MBB O-500 R, vulgo "Joaninhas".

Houveram alguns incidentes com os MBB O-500 R, já que eram chassis sub-dimensionados para o perfil de operação da empresa, sendo que alguns chegaram à pegar fogo. Todos eles foram submetidos à quatro recalls: correia do alternador (pulava com frequência e foi substituída por uma mais justa), suporte do alternador (a correia mais justa do primeiro recall provocou a quebra do suporte), câmbio (um problema no sistema Easy-Shift fez com que as engrenagens triturassem no interior da caixa) e por fim turbina (para deixar de sobrecarregar o motor, assim os carros passaram a ter 305 cv).
(fonte: Ricardo Milani e Hélio Freitas)






RIO X SÃO PAULO
A Cometa deixou de operar a linha em julho de 2002 quando a Expresso do Sul, do mesmo grupo (JCA), assumiu a operação.


FRETAMENTOS E A LINHA 89?
Até a venda da empresa para o grupo JCA, a Viação Cometa não mantinha contratos de fretamentos regulares. Após a incorporação ao grupo JCA, a empresa assinou um contrato para fazer o fretamento dos funcionários da fábrica da Klabin (D.I). Essa linha era conhecida como "linha 89", pois "89" era a posição do destino no itinerário eletrônico da FRT.
(fonte: Wilson D. R. Miccoli)

CMA FLECHA AZUL - IDENTIFICANDO
Do CMA Flecha Azul I para o modelo Flecha Azul II, a alteração mais significativa foi o tamanho do para-brisa que subiu alguns centímetros.

Pouco tempo depois, os Flecha Azul II passaram a ter 4 lanternas traseiras e luz de ré ao lado da placa.

Em 1993, a Cometa altera o projeto na série 67, ganhando 6 janelas altas apesar do modelo permanecer como Flecha Azul II.

Em 1994, entrou em cena a série 69, aonde as portas receberam um vidro na porta para auxiliar as manobras e diminuir o número de pequenas colisões frontais, além de receberem também rodas de alumínio (que foram testadas na série 65). Nesse mesmo ano, a Cometa "rebatizou" os CMAs Flecha Azul II. As séries 67 e 68 passaram à se chamar Flecha Azul III enquanto a série 69 e parte da série 70 viraram Flecha Azul IV.



SERVIÇOS DISPONÍVEIS EM 2007
No site da empresa, estavam disponíveis os serviços (usando a linha Belo Horizonte x São Paulo como referência):

CONV L - mais barato, operado com carro de 46 lugares (CMA Flecha Azul com WC);
CONV - valor intermediário dos convencionais, operado com um carro de 40 lugares (Estrelões ou Paradiso G61200 trucados);
C. EXE - valor mais alto dos convencionais, operado com um carro de 40 lugares (Estrelões ou Paradiso G61200 trucados);
EXEC L - executivo operado por um carro de 40 lugares (Paradiso G61800 DD);
L.ESP - serviço leito operado com um carro de 6 lugares (Paradiso G61800 DD;

Apesar de terem sumido da linha Belo Horizonte x São Paulo, os Flechas retornaram ao serviço, operando horários fixos na rota (operando o serviço CONV L). Os clientes de Belo Horizonte estavam reclamando por não terem carros sem ar e usaram a justificativa da linha Belo Horizonte x Rio de Janeiro possuir Flechas Azuis sem ar em horários fixos.
(fonte: Thiago Barboza)

DISPOSIÇÃO DE POLTRONAS
Flecha Azul - 46 lugares
Estrelões reformados - 34 ou 40 lugares
G6 trucados executivos - 40 lugares
G6 trucados double class - 35 lugares
G6 toco convencional s/wc - 46 lugares
G6 toco convencional c/wc - 42 lugares
G6 toco executivo - 36 lugares
Flecha Leito - 26 lugares
G6 Leito - 25 lugares
Senior - 25 lugares
DD - 40 lugares no deck superior e 6 lugares no deck inferior
(fonte: Fábio Barbano)

DD - NUMERAÇÃO DIFERENCIADA
São 40 poltronas no deck superior dos DDs, numeradas de 07 a 46. A numeração das poltronas é a mais maluca possível, quem costuma comprar poltronas numa parte específica do ônibus (eu por exemplo prefiro as janelas do lado direito, para não ser acordado durante a madrugada nem ter os faróis dos veículos em sentido contrário na cara) precisa ter cuidado para não pedir a poltrona errada.

Num ônibus comum as poltronas 1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37, 41 e 45 são as janelas do lado esquerdo e as poltronas 3, 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31, 35, 39 e 43 são as janelas do lado direito.

Nos DDs essa lógica não vale: do lado esquerdo as janelas são 1 (leito), 4 (leito), 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31, 35, 39, 43 e 45; do lado direito as janelas são 3 (leito), 6 (leito), 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37 e 41. São 9 filas de poltronas do lado direito e 11 do lado esquerdo no andar superior.

Curiosamente, na SAO x BHZ o carro com ar era "ítem de série" e na SAO x CTB se você quisesse um carro com ar teria que pagar R$ 15,00 a mais? Talvez seja por isso que Cometa e Itapemirim ficaram tão desesperadas quando a Pluma anunciou que iria retomar a linha somente com carros com ar. (fonte: Hélio Freitas)

Prefixos pós-venda ao grupo JCA
Formato de Prefixação:
1o. digito: ano de fabricação;
2o. digito: chassis, sendo:
- 0: Mercedes-Benz com 4 eixos (DD);
- 1: Mercedes-Benz com 3 eixos (trucado);
- 2: Mercedes-Benz com 2 eixos (toco);
- 3: SCANIA com 4 eixos (DD);
- 4: SCANIA com 3 eixos (trucado);
- 5: SCANIA com 2 eixos (toco);
- 6: VOLVO com 4 eixos (DD);
- 7: VOLVO com 3 eixos (trucado);
- 8: VOLVO com 2 eixos (toco);
(fonte: Carlos Marland)

- A série 32 são continuação do lote 22, ou seja, Mercedes-Benz O500-R, do ano de 2003;
- Os CMAs "Estrelões" re-encarroçados com carroceria Marcopolo Paradiso G61200 preservaram o prefixo original (série 76);
- Os dois IRIZAR Century (2700 e 2701) foram repassados para a Catarinense;

A FAMOSA FUMAÇA PRETA
Apesar de muitos acharem que se trata de um problema de regulagem, muitas vezes a fumaça preta é uma graça que o motorista dos CMA Flecha Azul fazem - é o freio-motor preso. Para descobrir se realmente é uma gracinha, basta ver se as luzes do freio se acendem.
(fonte: Wilson R. D. Miccoli)

IRIZAR CENTURY NA COMETA?
Logo que assumiu a Viação Cometa, o grupo JCA adquiriu dois IRIZAR Century sobre chassis VOLVO B10R. Diferentemente do que muitos pensam, eles foram os únicos carros 0 km da nova gestão, até 2006, que durante sua permanência na empresa não deram nenhum problema mecânico. O único problema era a manutenção da carroceria, muito acima das outras marcas tradicionais como Marcopolo, BUSSCAR e até mesmo da CMA. Prefixados como 2700 e 2701, foram repassados para a Catarinense, aonde receberam os prefixos 2346 e 2347 respectivamente.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)

DD NOS ARES
Um Marcopolo Paradiso G61800 DD da Viação Cometa quase despencou da garagem de Belo Horizonte. O fato só não ocorreu porque o ônibus ficou apoiado em uma árvore. O motivo: falta de freios. O detalhe curioso é que esses carros, assim como os CMA Flecha Azul, só se deslocam depois do reservatório de ar atingir uma determinada pressão. No caso dos Flecha Azul, eles podem se deslocar com o marcador de ar (que vai de 0 à 10) no nível 4. O sistema apitará, mas mesmo assim, o carro se deslocará. Esse tipo de fato só passou a acontecer depois da venda da empresa e troca da equipe de manutenção.
(fonte: Dr Lambros Katsonis, Wilson R. D. Miccoli)

VENDA DOS CARROS
Quando a Viação Cometa vendia seus CIFERAL Dinossauros e CMA Flecha Azul, ela trocava o camelo (corcova), ou simplesmente aplicava o curvo sobre o original, e alterava a posição da placa dianteira, colocando uma falsa entrada de ar entre os faróis. As exceções eram exclusivamente para os amigos da família Mascioli (proprietários da empresa), como por exemplo, a Empresa REX, que era do ex-proprietário da Catarinense.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)

PARCERIA COM A FOLHA DE SÃO PAULO
No final de maio de 2006, o grupo JCA selou um acordo com a Folha de São Paulo para distribuir o jornal nos carros das empresas do grupo.

PARTIDAS ALTERNADAS NA RIBEIRÃO PRETO X SÃO PAULO
Nessa rota, o grupo JCA opera concorrência branca com a Rápido Ribeirão Preto. Os carros da Rápido Ribeirão Preto saem em hora cheia (9h00, 10h00, 11h00 por exemplo) e os Cometas alternando (9h30, 10h30, 11h30 por exemplo). Dependendo da demanda, podem ser inseridos carros extras, aonde as empresas colocam vários carros em um espaço de tempo. Por exemplo, o Rápido Ribeirão Preto do horário sai às 20h00 mas pode haver um extra às 20h10 e outro às 20h15, sempre em horários próximos.
(fonte: Carlos Marland)

VIDRO INFERIOR DA PORTA DOS CMA FLECHA AZUL
O vidro inferior da porta (dos CMA Flecha Azul) foi colocado para evitar as frequentes colisões naquele ponto. Após a venda da Viação Cometa para o grupo JCA, e com a consequente alteração de layout de pintura, obstruiu-se a visão do motorista, colocando o adesivo sobre o vidro.

Detalhe: depois que a Cometa colocou esse vidro na porta, reduziu-se em mais de 90% as colisões da extremidade dianteira direita. Na época dos CIFERAL Dinossauros, era muito comum baterem com a dobradiça da porta, pois ela era saliente.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)

Placas:
Todos os CMAs Flecha Azul da empresa tiveram os números das placas iguais aos do prefixo, desde a primeira série (51). As exceções foram raras, mas de alguma forma era possível sua identificação, como por exemplo o carro 6300 que tinha placas com numeração 0036. (fonte: Dr Lambros Katsonis)

Pintura de Fretamento:
Na metade de 2006, a Viação Cometa instituiu a pintura de fretamento, seguindo exigência da ARTESP, orgão regulador do transporte interurbano no Estado de São Paulo. Além da alteração da pintura, os carros destinados ao serviço de fretamento operam com prefixos iniciados com o número 1. Alguns CMAs Flecha Azul foram remanejados para o serviço, como por exemplo o carro 7325 que passou a ser o 1235.

CMA
CMA significa Compania Manufatureira Auxiliar, uma subsidiária da Viação Cometa, criada para suceder a CIFERAL na construção dos ônibus da empresa. A empresa tinha um modo de produção diferente das encarroçadoras tradicionais. Ao invés de uma linha de montagem (aonde o veículo rodava pela área de produção), os insumos que iam até o veículo.


Couro:
O famoso couro que revestia as poltronas podia ser encontrado na própria CMA (Maio de 2006) pelo valor de R$ 45,00/m². Era necessária uma manta de 4,5 metros de comprimento para revestir a poltrona única do leito.

Todos os Flechas Azuis sempre tiveram suas poltronas em couro. A diferença é que as poltronas 100% vermelhas eram 100% em couro. A partir da série 67 foi instituída uma nova poltrona com couro corrugado na área de contato e a traseira cinza, esta em courvin. O Papo Amarelo, Flecha de Prata, Jumbo B, Turbo Jumbo, Jumbo G, Jumbo C, e parte do Dinossauro eram em courvin vermelho. Parte do Dinossauro e todos os Dinossauros II eram em courvin florido.

Poltronas:
As poltronas com o logo da CMA são as Teperman (como as outras), mas com sistema de reclinação por cremalheira - são consideradas as melhores, sem dúvidas, pois apesar de barulhentas, desreclinam na hora, ao contrário dos mais novos (7119 pra cima), que são com molas à gás (com amortecedores pneumáticos similares aos das tampas de bagageiros). (fonte: Wilson Miccoli). Detalhe interessante é que os modelos com pistão à gás eram substituídas quando davam problema devido ao seu alto custo - fato que acontece também com os monoblocos MBB O-371 e MBB O400, que usam poltronas iguais (os modelos equipados com poltronas de braços móveis) pois eram fabricadas também pela Teperman, que em 1996, foi assumida pela empresa Grammer, tornando-se Grammer-Teperman.


Flechas Originais:
Os Flechas da série 70 viajavam sem a propaganda de encosto da Folha de São Paulo e também não possuíam as instruções de emergência comuns aos Flechas mais novos. (fonte: Wilson Miccoli)

Carros com WC:
Nos idos de 2003, quando colocaram carros com banheiro na linha Santos x Campinas, eliminaram a parada. Entretanto, mesmo com o banheiro, os passageiros reclamaram e a Cometa teve que re-incluir a parada no Graal da avenida dos Bandeirantes, em São Paulo. (fonte: Alexandre de Souza Amaral). De qualquer maneira, as linhas longas sempre ofereceram sanitário e a cabeceira nas poltronas. A Cometa atualmente oferece carros com WC nas linhas curtas devido a desorganização da empresa pós-venda para o grupo JCA, mas as linhas de Sorocaba (São Roque e Itapetininga também), Campinas e Jundiaí, sempre foram feitas por carros sem banheiro. Inclusive, em Sorocaba, até a série 64 e 65, os carros não tinham as poltronas em couro - que só eram usadas nos carros com banheiro; somente no lote de carros de 7211 a 7302, que completou 10 anos em agosto de 2007 é que o courvim deu a vez ao couro. (fonte: Paulo RM)

DINOSSAUROS DA COMETA
A CIFERAL desenvolveu uma versão exclusiva para a Cometa, com o chapeamento lateral estriado, e essa característica era mantida na hora da venda do carro. A Cometa fazia algumas modificações na hora da revenda: retirava a moldura da placa dianteira (colocando uma grade no lugar) e fechava o degrau do teto (colocando um teto curvo), além de retirar o "COMETA" em alto-relevo abaixo do para-brisa. Já os Dinossauro vendidos 0 km pela CIFERAL para outras empresas além da ausência dessas características, tinham chapeamento liso. Dois exemplos de "Dinos" famosos com chapeamento liso são o "Camilossauro" (Dinossauro Tribus) da Itapemirim e o "Solnave" da Soletur.
(fonte: Hélio Freitas)

CMA Flecha Azul - Protótipo:
O primeiro protótipo dos Flechas era muito mais bonito em relação ao CMA Flecha Azul 5100, pois tinha uma saia aerodinâmica abaixo do pára-choque dianteiro. Mas o Arthur optou pelo bom senso, uma vez que ao passar por uma valeta o risco de quebra seria muito grande.

Os primeiros CMA divulgados tinham a faixa azul inferior mais escura. Mas nem chegaram a rodar pois davam uma característica mais pesada ao veículo. Com certeza a primeira série - "51" FLECHA AZUL - operou a linha São Paulo x Curitiba e a segunda e terceira "52 e 53" FLECHA AZUL AUTOMÁTICO - a linha São Paulo x Rio. A 51 e 52 eram BR-116 e a 53 K-112. Contudo, os veículos terminados em 00 podem ser diferentes, como o 5500, que está em poder do Dr. Arthur Mascioli e "fala" ao ser ligado!

Carro 2014:
Conhecido como "JUMBO C", era um CIFERAL Líder com chassis SCANIA importado, filho único na empresa. Foi dirigido apenas pelo Sr. Amaragy, motorista fixo dessa raridade.
(fonte: Fabrízio Paes Martins Silva)

Carro 5100:
O primeiro CMA e durante algum tempo fez a linha Rio x São Paulo. Chamava a atenção devido a posição do volante (inclinado), novidade na época. Seu chassis, SCANIA K112 experimental, só seria oficializado na série 53 (de carros automáticos). Os Dinossauros e Flechas Azuis subsequentes tinham o volante de dois raios quase deitado, característico no chassis BR-116 enquanto o carro 5100 vinha com o volante diferente e inclinado, além de um cubo muito alto. Seu painel também era diferente dos outros carros.
(fonte: Paulo Roberto S. Nunes)

CMA FLECHA AZUL SEM GRADE TRASEIRA?
Na tentativa de reduzir o nível de ruído, a CMA testou (com os carros 6940 e 7035) o fechamento das grades de ventilação (na tampa do motor e na lateral traseira direita). O resultado foi razoável mas esteticamente os carros ficaram horríveis e a empresa engavetou a idéia por alguns anos. Depois desses dois carros, essa experiência só voltou a ser repetida no 7500, pois o chassi SCANIA K-124 IB não precisava mais das aberturas para ventilação na traseira. Desse modelo em diante, todos os carros da CMA vieram sem grades na traseira.
(fonte: Hélio Freitas)

CARRO 7073:
Em 2007, esse carro ainda ostentava a pintura original porém com a logomarca nova da Cometa. Este carro sofreu uma colisão fronta, por volta de 2004, e estava sendo preparado para a venda. Como faltou carro para rodar na época da alta temporada, pintaram a fibra (abaixo do pára-brisa) lixada e aplicaram o adesivo. O que era para ser um quebra galho acabou continuando a operar, principalmente na linha Rio x Belo Horizonte. Quem observasse bem o carro verificaria que ele não tinha mais a faixa reflexiva abaixo do pára-choque, o que é característico dos carros que já bateram de frente.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)


CMA FLECHA AZUL VENDIDOS PARA A COMETA
Em (ANO?), a Penha comprou alguns carros da série 68 da Cometa e mais o 7058 (que estava arrebentado no fundo da garagem da Viação Cometa - GNR), com o objetivo de re-encarroçá-los. Naquele momento, até os Tecnobus Tribus II sobre chassis SCANIA K-112 CL estavam sendo re-encarroçados. No caso do 7058, a Penha desmontou o que tinha sobrado da carroceria Flecha Azul, recuperou o chassis (e no processo de recuperação, instalou o terceiro eixo) e mandou-o para a Marcopolo encarroçar Paradisos G61200 sobre eles. Detectá-los é bem simples pois as placas entregam, como EVC-7058, caso do ex-7058 da Cometa que se transformou no prefixo 35027 da Penha.
(fonte: Hélio Freitas)

CARRO 7100:
Este carro chegou à pertencer ao acervo pessoal do Sr. Arthur Mascioli porém foi vendido para a empresa Elisfatur. Com a venda, o acervo do empresário não conta com mais nenhum Flecha Azul V.
(fonte: Randel Vieira Araujo)

CARRO 7131:
Ficou apreendido em Foz do Iguaçu-PR por um bom tempo por transportar passageiros de Sorocaba, acusados de descaminho.

CARROS 7500 E 7501
Ambos, foram carros de teste da SCANIA. O carro 7500 (de 360 cavalos com bomba injetora) operou fixo nos últimos anos na linha São Paulo x São José do Rio Preto. O carro 7501 (com injeção eletrônica) operou fixo nos últimos anos na linha São Paulo x Curitiba. Com 420 cavalos, o 7501 foi considerado o ônibus mais rápido do Brasil, pois além do potente motor SCANIA, a carroceria de duraluminio era 6 toneladas mais leve que outras carrocerias rodoviárias. Segundo funcionários, o 7501 seria o carro mais econômico da empresa, chegando à atingir uma média de 5 km/l. Já o 7500 teria uma média de consumo igual aos SCANIA K-113 (o carro comparado foi o 7301), atingindo 3 km/l.
(fonte: Fabrízio Paes Martins Silva)

CARRO 9002:
Acidentado (apesar de não ter sido amplamente divulgado), foi reformado e voltou à operação pela Expresso do Sul.
(fonte: Gustavo Dálcomo)

Carro 9005:
Único carro do lote de CMAs Flecha Azul que nunca bateu a dianteira.

Carro 9013:
Foi o primeiro do lote de CMAs Flecha Azul leito à ser vendido, ainda em 2002, criando inclusive um desfalque nos leitos por um bom período - até a chegada dos seis leitos com carroceria Marcopolo Paradiso G61200 e chassis SCANIA (4x2 de 14 metros), carros de prefixo 3560 à 3565. (fonte: Wilson R. D. Miccoli).

CARRO 6898:
Marcopolo Paradiso G61200 sobre SCANIA K-340, rodou por um período de testes na empresa, fixo na linha São Paulo x Araraquara. Curiosamente, a carroceria, apesar de nova, apresentava vários amassados (como se fossem tiros de revólver)~.

CARRO 6700
Marcopolo Paradiso G61200 sobre chassis VOLVO B12R, rodou em testes para treinamento dos motoristas e funcionou também como laboratório para a VOLVO. Rodava determinada quilometragem e os demais VOLVOs ficaram na encarroçadora para receberam ajustes que o carro teste recebeu, antes de serem entregues - política da VOLVO
(fonte: Wilson R. D. Miccoli)

DIVISÃO DOS LEITOS DA SÉRIE 90:
Flecha VI Leito: 9000 a 9009 (10 carros)
Flecha VI B Leito: 9010 a 9025 (16 carros)
Do 9026 para frente não existem carros.


BREDA À SERVIÇO DA COMETA
Em janeiro de 2007, a Breda foi contratada pela Viação Cometa para cobrir linhas da Baixada Santista para São José do Rio Preto. A Breda escalou inclusive um Marcopolo Paradiso G61800 DD ex-Piracicabana, com logomarca da Breda, à serviço da Cometa.
(fonte: Luciano Roncolato)


Rio x Belo Horizonte:
Nos idos dos anos 80, a Cometa sempre deixava os carros mais velhos da frota operaram esse trecho. Quando renovaram a frota, colocaram os Flechas da série 55 (a série de carros com o vidro alto) para mudar um pouco a imagem no trecho. A cena era inusitada: às 6h00 da manhã, os Dinossauros antigos, novos, os Flechas Azuis automáticos e os novíssimos na linha de Belo Horizonte, todos juntos ao mesmo tempo, tomando toda a parte de desembarque da rodoviária. (fonte: Paulo Roberto S. Nunes)

Carro 7100:
Havia um grande mistério sobre o paradeiro do carro 7100 - boatos diziam que ele tinha sido separado e encaminhado para o museu particular do Dr. Arthur Mascioli, ex-proprietário da empresa. Em dezembro de 2006 o mistério teve fim: o CMA Flecha Azul prefixo 7100 foi visto na região da Barra Funda, pintado nas cores da empresa Elisfatur, com o prefixo 1270.

Carros 7184:
Este carro originalmente tinha a pintura como todos os demais Flechas Azuis. Depois da venda da empresa para o grupo JCA, tentaram fazer uma pequena diferenciação de pintura para que ele fosse usado como carro de fretamento porém, a mesma não foi aceita por ser muito parecida com a pintura original e dificultar os fiscais.

CMAs a venda no pátio da Dutra:
Os amantes da empresa que passavam pela Dutra sempre estranhavam o fato dos carros à venda seguirem um ritual diário: todo dia pela manhã, os carros deixavam a garagem central rumo para o pátio da Dutra, retornando ao final do dia. Isso acontecia porque a região do pátio é característica por atos de vandalismo, principalmente por alguns moradores da favela que fica logo atrás da Cometa. É comum ver os moradores atirando objetos contra o telhado e contra carros da NovaDutra.

Mulheres no volante:
As duas primeiras motoristas da Cometa já não faziam mais parte da empresa em 2006. A primeira saiu da empresa pois passou a trabalhar por conta - comprou uma van escolar. A segunda foi demitida da empresa por ter batido em sete carros ao lado da rodoviário de Campinas por falta de freios. (fonte: Dr Lambros Katsonis)

Série 900 e 1000:
CIFERAL Flecha de Prata, porém existiram Papos Amarelos com silverside tipo Flecha de Prata (o carro 1078 por exemplo) bem como existiram carrocerias mais modernas como Flecha de Prata com a pintura de Papo Amarelo (o carro 968 por exemplo). (fonte: Charles Machado)

Estrelão:
Comprados para operar nas linhas São Paulo x Franca, São Paulo x Ribeirão Preto, Campinas x Ribeirão Preto, São Paulo x Araraquara, São Paulo x Belo Horizonte, Sorocaba x Belo Horizonte e São Paulo x Rio de Janeiro.

Na época da São Paulo x Rio de Janeiro, eles seguiam pela Rodovia Carvalho Pinto até Taubaté. Nesse momento, co-existiram com os Flecha Azul VII. Os clientes que preferiam carro com ar-condicionado viajavam nos horários pré-determinados com os "Estrelões", os demais nos Flechas, apesar da tarifa ser a mesma.

Com a venda da empresa, o grupo JCA reformou o interior dos carros, adotando poltronas da Marcopolo. O grande problema destas poltronas reside no fato do apoio das pernas sair de um ponto muito alto, o que a torna ergonomicamente um desastre para quem tem mais de 1,75m de altura pois as pernas ficam muito fletidas, resultando em um cansaço absurdo em pouco tempo de viagem. Apesar do número reduzido de poltronas, são mais desconfortáveis do que a configuração original do carro com 46 lugares sem o apoio das pernas.

O apelido "Estrelão", usado para denominar os últimos carros projetados e construídos pela CMA, surgiu do gerente de tráfego pós-venda para o grupo JCA, em função do Cometa estilizado nas laterais. Na plaqueta de identificação do carro, consta modelo CMA COMETA. Além disso, Cometa não é uma estrela, mas sim um astro.

Na CIFERAL, o "Papo Amarelo" assim como o "Flecha de Prata", não tinham nomes oficiais segundo o Engenheiro Amilcar da CMA.Lá, o nome de batismo começou com o Líder 2001, que na Cometa recebeu apelidos como "Jumbo B", "Turbo Jumbo", "Jumbo C" e "Jumbo G".

Na Cometa, desde o início dos anos 50 existiram nomes de batismo que eram grafados nas laterais, como "Morubixaba", "Super B", "Senemby", "Flecha Azul", "Flecha de Prata", "Dinossauro", "Dinossauro II", etc.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)



GM PD-4104
A Viação Cometa encomendou 30 GMs PD-4104 para operarem na rota Rio x São Paulo. Batizados como "Morubixaba", que significava cacique ou chefe dos índios, a lotação dos carros era de 34 lugares com WC. Em sua versão original, sem WC, eram 37 lugares. A GM vendia 2 versões, uma com 41 lugares e outra com 37 lugares. A Cometa preferiu a segunda opção pois a empresa queria oferecer maior conforto aos seus passageiros.
(fonte: Dr Lambros Katsonis)


O FIM DOS FLECHA AZUL ORIGINAIS
No dia 4 de julho de 2008, a empresa deu fim à operação dos CMA Flecha Azul originais.



LINHA CAMPINAS - SERTÃOZINHO
02/03/2008
Criada linha direta Sertãozinho-Campinas

Agora os sertanezinos tem uma opção local de ônibus direto para Campinas, não precisando mais se deslocar até Ribeirão Preto. Desde domingo, 02, entrou em operação um horário às 6h executado pela empresa Viação Cometa S/A. 
O serviço foi autorizado pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), mediante despacho publicado no Diário Oficial do dia 27 de fevereiro. 
Segundo o chefe de fiscalização do terminal rodoviário, Alceu Gomes, “a criação da linha era uma reivindicação de estudantes que freqüentam escolas de Campinas e região. Atendendo a esses pedidos, ovice-prefeito, Nério Costa, intercedeu junto à Artesp solicitando o serviço”. 
Como sempre acontece nessas circunstâncias, a nova linha funcionará em caráter experimental por 90 dias. “Já estamos fazendo um trabalho de divulgação entre as indústrias e a ACIS (Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho). A própria Cometa, que não mediu esforços para servir à população sertanezina, pretende, futuramente, trabalhar com encomendas”, explicou o chefe de fiscalização. 
A medida também vai beneficiar passageiros com destino à Paulínia, Valinhos, Jundiaí, Indaiatuba, Jaguariúna, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa e Monte Mor. Por enquanto, o horário direto de Campinas para Sertãozinho é às 6h30. Mas, Alceu comentou que “já existe estudo para que este retorno aconteça no mesmo dia”. 
Até, então, a Cometa vendia uma média mensal de 330 bilhetes com saída de Ribeirão Preto.

(fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho)




RESENDENSE
RESOLUÇÃO Nº 1605, DE 29 DE AGOSTO DE 2006
DOU de 01 DE SETEMBRO DE 2006 Aprova a transferência dos serviços de transporte rodoviário interestadual de passageiros da Viação Resendense Ltda. para a Viação Cometa S.A.
A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso de suas atribuições e fundamentada nos termos do Relatório DG - 131/2006, de 28 de agosto de 2006 e no que consta do Processo nº 50500.080912/2005-15 (vol. I, II e III), RESOLVE:
Art. 1º Aprovar a transferência das linhas e respectivos serviços complementares: Volta Redonda (RJ) – São Paulo (SP), prefixo 07.0035-00, Volta Redonda (RJ) – São Paulo (SP), via S. André, prefixo 07.0035-01; São Paulo (SP) – São Lourenço (MG), prefixo 08.0045-00; São Paulo (SP) – Caxambu (MG), prefixo 08.0050-00, São José dos Campos (SP) - Caxambu (MG), prefixo 08-0050-02, São Paulo (SP) – Conceição do Rio Verde (MG), prefixo 08-0050-03, São Paulo (SP) – Caxambu (MG), via BR–354/460, prefixo 08-0050-04; São José dos Campos (SP) – São Lourenço (MG), prefixo 08-1081-00; São José dos Campos (SP) – Lambari (MG), prefixo 08-1081-01; São Paulo (SP) – Cruzília (MG), 08-1484-00; São Paulo (SP) – Andrelândia (MG), prefixo 08-1484-01, da Viação Resendense Ltda. para a Viação Cometa S.A.;
Art. 2º Autorizar a celebração dos contratos de permissão dos serviços básicos mencionados, com a Viação Cometa S.A., conforme o art. 4º da Resolução nº 1445, de 5 de maio de 2006 e o art. 50 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001.
Art. 3º Condicionar a assinatura dos Contratos de Permissão à revalidação da documentação fiscal apresentada pela Viação Cometa S.A.
Art. 4º Determinar a publicação dos extratos dos contratos de permissão no Diário Oficial da União, de acordo com o § 4º do art. 39 da Lei nº 10.233, de 2001.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ ALEXANDRE N. RESENDE
Diretor-Geral




FROTA
Junho de 2006: aquisição de 30 VOLVO B12R (Marcopolo Paradiso G61200);



7699 - ACIDENTE

Um acidente entre um ônibus da Viação Cometa e um caminhão carregado com melancias ocorrido na madrugada de ontem, na rodovia Washington Luiz (SP-310), em Araraquara, provocou a morte de uma pessoa e deixou 23 passageiros feridos, três deles em estado grave. O ônibus, que fazia a linha Rio Preto-São Paulo, saiu de Rio Preto às 23 horas de anteontem. Pelo menos 13 passageiros são da região. Nele, segundo a Polícia Civil de Araraquara, estavam 29 pessoas - o motorista, Pedro Domino, que morreu, 25 passageiros e três policiais. De acordo com informações fornecidas pela Polícia Rodoviária Estadual de Araraquara, o acidente aconteceu no quilômetro 269 da SP-310, pouco depois da 1 hora. O ônibus bateu na traseira do caminhão Mercedes Benz dirigido por Cícero Duarte Nunes. Com o impacto, o caminhão foi arrastado por cerca de 100 metros e atravessou a pista.

Os 23 feridos foram socorridos por ambulâncias de hospitais da cidade e pelo resgate do Corpo de Bombeiros e da Triângulo do Sol. Eles foram levados para a Santa Casa, a Beneficência Portuguesa, o pronto-socorro municipal e o hospital São Paulo. De acordo com a escriturária da Santa Casa de Araraquara Célia Conde da Silva, o motorista morreu ontem à tarde, em razão dos ferimentos. Ontem, continuavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Givaldo Neves Costa (na Santa Casa) e Alice Alves de Oliveira (na Beneficência Portuguesa). Outros 11 passageiros permaneciam na Santa Casa ontem, em observação. O sargento do Comando de Policiamento de Choque da Capital Newton César Cúculo, que também sofreu ferimentos graves, iria ser submetido ontem à tarde a uma cirurgia na face. Ele é de Tanabi. A Viação Cometa foi procurada pela reportagem para falar sobre o acidente, mas não quis se manifestar. Segundo funcionários, os responsáveis estavam em Araraquara, prestando apoio às vítimas e às famílias.

Um funcionário q
external image acidentcometa02_sub13244.jpgue pediu para não ter o nome divulgado disse que ainda ontem parentes do motorista do ônibus, que moram em Rio Preto, iriam embarcar para Araraquara, para a liberação do corpo. O delegado titular do 4º Distrito Policial de Araraquara, Antônio Luiz de Andrade, que vai investigar as responsabilidades no acidente, diz que já foi requisitado exame necroscópico com as causas da morte do motorista e levantamento técnico do local pela Polícia Científica. Os resultados devem sair em 30 dias. Depois disso, o delegado vai instaurar inquérito policial para ouvir testemunhas e passageiros. O estudante Sander Tadeu Lopes Garcia, filho de uma das passageiras do ônibus, Maria Elisa Lopes Garcia, que mora em Poloni, afirma que no coletivo estavam também a tia dele, Maria Aparecida, e o avô, Jovelino Lopes. “Conversei com a minha mãe, que foi uma das que menos se machucou. Ela e minha tia já receberam alta, mas o estado do meu avô é inspira cuidados e nos deixa preocupados.”



Mastrângelo Reino/Tribuna Impressa




Em 10 de setembro de 2008, um acidente ocorrido às 13h30 deiixou um morto e sete feridos na Rodovia Presidente Dutra. A colisão entre o ônibus prefixo 7214 da Viação Cometa e um caminhão aconteceu no sentido Rio de Janeiro, no km 149, na altura de São José dos Campos, a 97 km de São Paulo. O motorista do ônibus, de 44 anos, morreu na hora. Sete passageiros do ônibus ficaram feridos, segundo a polícia. A batida foi tão forte que o eixo traseiro do caminhão foi arrancado e o ônibus só parou fora da pista.

(fonte: Agência Estado)


NOVEMBRO / 2014
Na noite do dia 25, um ônibus da empresa (Marcopolo Paradiso G61200 ex-Expresso Brasileiro) que havia deixado o Terminal do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, rumo a Santos, sofreu um ataque de assaltantes na descida da serra. O veículo foi fechado por um carro no trecho de serra, na altura do km 47, por volta das 21h. Quatro homens encapuzados passaram a ameaçar o motorista para que ele parasse. O motorista não obedeceu e os criminosos começaram a disparar. O ônibus continuou a viagem e ainda percorreu 5 km. O pneu do veículo foi furado e vidros quebraram. Apenas o motorista ficou ferido por estilhaços. A polícia acredita que se tratava de uma tentativa de assalto. Ninguém havia sido preso até a manhã do dia seguinte.